Hoje, 9 de novembro de 2012 a comunidade científica, os fãs do mundo inteiro e nós do Guepard Design Team comemoram o 78º aniversário de Carl Sagan, um grande cientista que contribuiu para nos fazer olhar para o céu (e para nós) de forma diferente.
Nascido em 9 de novembro de 1934, Carl Edward Sagan foi gerado e criado por uma família simples que morava no Brooklyn (Nova Iorque, Estados Unidos), filho de um pai imigrante russo e uma mãe americana de etnia judaica. Apesar de sua origem humilde e evidentemente pouco instruída, Sagan dedica a seus pais sua curiosidade e seu empenho em aprender:
Sua formação multidisciplinar (PhD em astrofísica, experiências no Smithsonian, passagens pelas Universidades de Chicago, Havard, Cornell...) lhe propiciou aceitação e admiração no programa espacial americano, tanto que lhe foram dados títulos honorários e cargos elevados dentro da NASA, como o de consultor e conselheiro da agência. Carl também trabalhou com os astronautas das missões Apollo e como chefe dos projetos Marineer e Viking (enviadas a Vênus e Marte) e as missões Voyager (confins do Sistema Solar) e da sonda Galllileu (Júpiter). Com todas essas expedições, ele conseguiu explicar o exceso de temperatura em Vênus (resposta: efeito estufa alarmante),
as mudanças sazonais em Marte (resposta: poeira trazida pelo vento), e a
névoa avermelhada de Titã, lua de Júpiter (resposta: moléculas orgânicas complexas).
Foi escritor de várias obras, inclusive os livros "Os Dragões do Éden", ganhador do prêmio Pulitzer de literatura e "Contato", que chegou a ganhar uma adaptação cinematográfica. Ele também foi o cabeça da série Cosmos, da qual ele mesmo apresentava e escrevia o roteiro, ao lado da produção da sua esposa Ann Duryan.
Sagan sempre foi um cético defensor da possibilidade de vida extraterrestre, conforme se veem em muitas de suas citações:
Sagan casou-se três vezes: a primeira com a bióloga Lynn Margulis (mãe de Dorion e Jeremy Sagan), a segunda com a artista Linda Salzman (mãe de Nick Sagan) e a terceira com a escritora Ann Druyan (mãe de Sasha e Samuel Sagan), com quem permaneceu casado até sua morte, em 20 de Dezembro de 1996, aos 62 anos, depois de 2 anos lutando contra uma rara e grave doença na medula óssea conhecida como mielodisplasia, além de também ter adquirido pneumonia. Seu estado debilitado, porém, não impediu que ele continuasse seus estudos e suas colaborações para o mundo em geral. Sua última obra, "Bilhões e Bilhões", trata da vida e da morte tanto dos indivíduos quandos corpos celestes. No último capítulo ele escreve:
"Meus pais não eram cientistas. Eles não sabiam quase nada sobre ciência. Mas em me apresentar simultaneamente ao ceticismo e ao saber, eles me ensinaram os dois modos de pensamento coexistentes e essenciais para o método científico." (livro "Shadows of Forgotten Ancestors", escrito por ele próprio)
Cena de Cosmos, apresentado por ele mesmo |
Sagan sempre foi um cético defensor da possibilidade de vida extraterrestre, conforme se veem em muitas de suas citações:
"Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício de espaço."Visionário, criou a Sociedade Planetária (foto ao lado, mostrando seus cofundadores e Carl Sagan ao centro, de terno claro) e promoveu o SETI ("Search for Extra-Terrestrial Intelligence", sigla em inglês para Busca por Inteligência Extraterrestre), programa que analisa ondas de rádio com o intuito de buscar evidências de contato alienígena. (Isso aí, eu também acho que seria muito egoísmo somente a Terra abrigar vida num universo infinito!)
"O que é mais assustador? A idéia de extraterrestres em mundos estranhos,
ou a idéia de que, em todo este imenso universo,
nós estamos sozinhos?"
"A ausência da evidência não significa evidência da ausência."
"Em minha estimativa parcial, ele era uma figura histórica mundial que nos incentivou a deixar a espiritualidade geocêntrica, narcisista, “sobrenatural” de nossa infância e abraçar a vastidão — amadurecer ao tomar as revelações da revolução científica moderna de coração" (Ann Druyan falando sobre o finado marido)
Ann Druyan, viúva de Carl |
"Quase morrer é uma experiência tão positiva e construtora do caráter, que a recomendaria a todos - não fosse, é claro, o elemento irredutível e essencial do risco".
"The Pale Blue Dot" - palavras do próprio Carl |
Uma de suas mais famosas reflexões diz que o nosso planeta não passa de um Pálido Ponto Azul, pensamento firmado em uma de suas conferências em 11 de Maio de 1996. A ideia de que a Terra é algo ínfimo na imensidão do universo gerou uma comoção mundial, e enfim muitas pessoas começaram a se preocupar mais com questões ambientalistas, políticas e sociais. Hoje, essa passagem continua com força total, sendo ensinada e parafraseada nas mais diversas formas.
"Considere novamente esse ponto. É aqui. É a nossa casa. Somos nós. [...] Talvez, não haja melhor demonstração das tolices e vaidades humanas que essa imagem distante do nosso pequeno mundo. Ela enfatiza nossa responsabilidade de tratarmos melhor uns aos outros, e de preservar e estimar o único lar que nós conhecemos... o pálido ponto azul."
Daqui do GDT, fica a mais sincera homenagem ao mestre da ciência Carl Sagan, um homem que veio de uma família humilde e foi parar nos confins do universo, presenteando a humanidade com conhecimentos astronômicos e conceitos pessoais jamais vistos. A você, Carl, nosso muitíssimo obrigado e que descanse em paz.
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